Personal Learning Enviroments (PLE) - Bibliografia Anotada
Assim, foram considerados dois itens relevantes, por cumprirem os
critérios solicitados de proveniência e de caráter científico, e, por facultarem perspetivas distintas dos artigos já disponibilizados na UC.
1.
Artigo de:
Almeida, A. M. G. P. de.
(2011). Universidade Aberta Universidade Aberta. 1–13. https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/9094/1/TMPEL_AntónioAlmeida.pdf
Considerou-se este artigo importante no seio da problemática dos PLC por fazer o enquadramento deste fenómeno na aprendizagem e atualização ao longo da vida, e lançar uma proposta de modelo de como fazê-lo. Em bom rigor, ao longo da vida há a necessidade e curiosidade de irmos aumentando o conhecimento. O autor refere que as ferramentas virtuais atuais (redes sociais, web 2.0, entre outros) irão promover a aprendizagem uma vez que trouxeram a troca e partilha de conhecimento e comunicação.
Destaco
três partes do estudo:
i. Enquadramento Teórico dos PLE;
ii. Modelos e Ferramentas de Modelação para a Criação dos PLE;
iii. Estudo de Caso.
O
trabalho surge como resposta à problemática da aprendizagem dos PLE,
apresentando uma sugestão de “Guideline”
para a criação de
PLE, a utilizar na Aprendizagem ao Longo da Vida. Assim, o objetivo principal
foi o estudo de um “ecossistema
pedagógico, através do desenvolvimento de um PLE, criado a partir de uma
estrutura em blog(…)”. Este estudo visou responder como poderão os PLE ser
solução alternativa para a aprendizagem ao longo da vida, e, como criar os
modelos pedagógicos baseados nestes PLE.
2. Artigo de:
Attwell, G. (2023). Personal
Learning Environments: looking back and looking forward Entornos personales de
aprendizaje: mirando hacia atrás y mirando hacia adelante. Revista de Educación
a Distancia. Núm, 71, 1–12. http://dx.doi.org/10.6018/red.526911
Afim de contribuir para o futuro dos PLE, o autor analisa o surgimento da ideia de Personal Learning Environments (PLEs) e refere que falharam quanto à sua ampla adaptação.
O autor tenta explicar que houve uma falha na compreensão do papel da
tecnologia na crescente mercantilização e gerencialismo da educação.
O trabalho está dividido nos seguintes capítulos:
i. Os Erros do passado;
ii. Vínculos entre MOOCs e PLEs;
iii. Contradição entre mercantilização e gerencialismo;
iv. O movimento digital proporcionado pelo COVID19;
v. Um olhar sobre o futuro.
O autor reitera que o progresso na pesquisa, desenvolvimento e implementação dos PLEs deve ser visto no contexto do desenvolvimento mais amplo da tecnologia educacional e do sistema de educação e treino como um todo, pois, uma das ambições dos PLEs tem sido apoiar a aprendizagem fora do sistema educacional formal e além da tradicional sala de aula.
O autor defende a teoria de Neil Selwyn - 'Ed-Tech Within Limits', que coloca em
primeiro plano a necessidade de planear o uso da tecnologia no futuro educacional
com o objetivo principal de “lidar com a
finitude” e “buscar restabelecer o
uso da tecnologia na educação como um atividade compartilhada e comunitária”.
O presente trabalho mostra-se importante porque exorta para a consciência da necessidade de alguma forma de literacia digital, nomeadamente a capacidade de utilização de ferramentas digitais no desenvolvimento de um PLE. Contudo, a literacia digital não se resume apenas à experiência adquirida enquanto jovem nem por mera competência técnica. No entanto, ignorou-se a importância (e a dificuldade) de gerir a própria aprendizagem.
Conclui dizendo que os PLEs poderiam ser a resposta para um problema de
abundância, contudo, argumenta convincentemente que “não faz sentido presumir que as suposições atuais sobre a abundância
contínua de recursos educacionais digitais e práticas baseadas em tecnologia
sejam de alguma forma sustentáveis. Ao mesmo tempo, também não se pode presumir
que a educação presencial e o ensino superior continuarão de forma totalmente
ininterrupta”.
Deixa o mote, por fim, para que seja fornecido um ponto de referência para repensarmos o PLE, abrangendo as ideias de equidade e abrangendo tanto as pedagogias radicais quanto as perspetivas de interesses anteriormente marginalizados e grupos não poderosos.
Pedro Videira.
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